Durante a pandemia de Covid-19, vimos muitos vídeos e fotos mostrando como nossos rios e mares ficaram mais transparentes, sobre como a poluição por CO2, que diminuiu em 20%, e como o meio ambiente reagiu a isso.
Porém, enquanto uma parte da população trabalhava e estudava de casa, outra parcela, principalmente de profissionais da área da saúde, estava na frente de combate à doença.
Vimos lindas cenas pela tela dos computadores, celulares e televisões, mas o que ninguém viu, foi que nos últimos dois anos, a quantidade de lixo hospitalar descartada aumentou mais de 30%, causando um grande impacto ambiental.
Assim como o lixo hospitalar, o lixo doméstico também aumentou, pois passamos a consumir mais coisas em casa, e em uma porcentagem parecida, porém menor, que a de lixo hospitalar.
Se analisarmos dados da Agência Internacional de Energia Atômica (International Atomic Energy Agency – IAEA), em 1950 o mundo produzia 2 milhões de toneladas métricas de plástico.
Em 2017, foram 8.3 bilhões de toneladas métricas de plástico e a projeção para 2050 será de 34 bilhões de toneladas métricas de plástico produzido.
A previsão para os próximos 50 anos é de que a quantidade de plástico nos oceanos aumente em até cinco vezes.
Um Grande Impacto Ambiental
A pandemia tirou as pessoas das ruas, e ajudou na diminuição da emissão de CO2, porém, levou muitas pessoas para dentro de suas casas e também para hospitais. E consequentemente aumentou o uso de materiais descartáveis, causando assim um grande impacto ambiental.
De acordo com Douglas McIntosh, “O plástico também tem impactos importantes no meio ambiente. Eles se movem, não ficam parados onde são descartados. Conseguem se transportar ao redor do mundo de diferentes formas, ficando depositados em todos os ambientes e águas, entrando em todos os biomas. Os plásticos também estão envolvidos em outra pandemia chamada “Resistência Antimicrobiana” com impactos pouco visíveis. É por meio de micro plásticos que antibióticos e metais pesados servem como reservatórios para comunidades de bactérias que podem retornar aos seres humanos”